Arrendar casa em Portugal: os 10 municípios mais caros e mais baratos Distrito de Viseu concentra seis dos 10 concelhos do país onde custa menos arrendar casa. 08 nov 2021 min de leitura Encontrar uma casa para viver nem sempre é fácil. E mesmo com as taxas de juro do crédito habitação a atingir mínimos históricos, são muitas as despesas iniciais associadas à compra de casa, além de ser preciso ter poupanças para a entrada. É por isso que arrendar casa acaba por ser uma opção para muitos portugueses, ainda que muitas vezes o gasto mensal seja bem mais alto do que uma prestação. Mas, afinal, quais são os municípios onde arrendar casa é mais barato em Portugal? E mais caro?Contamos tudo, tendo por base os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em Portugal, o mercado de arrendamento deu o salto entre abril e junho de 2021. O número de contratos de arrendamento registou um aumento homólogo de cerca de 50%, alcançando os 20.568. E a renda mediana subiu 11,5% num ano, atingindo os 6,03 euros por metros quadrado (euros/m2). Os dados do INE publicados esta terça-feira, dia 28 de setembro de 2021, mostram, portanto, que o mercado de arrendamento residencial já está a recuperar depois de, no mesmo período do ano passado, ter sido “particularmente afetado pela pandemia” dadas “as medidas de confinamento implementadas para a sua mitigação”. Foto de Tatiana Syrikova no Pexels Onde é mais barato arrendar casa? No fundo da tabela, há 36 municípios onde as rendas medianas dos novos contratos foram inferiores a 3 euros/m2 no segundo trimestre 2021 – um momento que, note-se, o INE só apurou dados de 195 municípios de um total nacional de 308. E os 10 municípios que apresentam as rendas mais baixas de todas situam-se nas regiões Centro (7) e Norte (3) do país. Foi no município de Belmonte (Castelo Branco), bem no Centro de Portugal, onde foi registada a renda mediana mais baixa de todas nos contratos celebrados entre abril e junho de 2021, fixando-se nos 2 euros/m2. A segunda de 2,22 euros/m2 foi registada em Sátão. Este concelho pertence a Viseu, um distrito onde se concentram, na verdade, seis dos dez municípios onde foi mais barato arrendar casa neste período. Na região Norte situam-se apenas três: Macedo de Cavaleiros, em Trás-os-Montes, onde foi registada a terceira renda mediana mais baixa de todas – de 2,24 euros/m2; Valpaços, em Vila Real, onde a renda se situou nos 2,24 euros/m2; e Celorico de Basto, em Braga, onde uma casa foi arrendada por 2,34 euros/m2. E mais caro? Só a Área metropolitana de Lisboa agrega sete dos 10 concelhos onde é mais caro arrendar uma casa. A medalha de primeiro lugar é do concelho de Lisboa com as rendas a ascender aos 11,12 euros/m2. Logo a seguir está Cascais (10,56 euros/m2), Oeiras (9,86 euros/m2) e Amadora (8,76 euros/ m2). Só em quinto lugar surge um concelho fora da AM Lisboa: o Porto, com 8,61 euros/m2. Além deste, há apenas mais dois no top10 onde as casas são mais caras para arrendar:Matosinhos (7,57 euros/m2) e Faro (7,54 euros/m2). Onde é que os preços mais subiram? E desceram? Olhando para as variações dos preços das rendas das casas nos municípios com mais de 100 mil habitantes – que são um total de 25 –, salta à vista que 17 registaram um crescimento. A liderar a tabela está Setúbal, onde as rendas aumentaram 16,7% face ao período homólogo, fixando-se nos 6,99%. A segunda maior subida nos valores das rendas aconteceu em Guimarães com 16,1%, tendo os preços medianos aumentado para 4,12 euros/m2. Almada está em terceiro com evolução de 11,3%, mostram os dados do INE. Foto de Vlada Karpovich no Pexels Do outro lado da tabela estão sete municípios onde as rendas desceram no segundo trimestre de 2021 face ao mesmo período do ano passado. A maior queda verificou-se em Leiria ( -5,6%), onde as rendas medianas das casas se fixaram nos 4,7 euros/m2, segundo mostram os dados. Em segundo lugar está Vila Nova de Famalicão (Braga), onde se verificou uma descida de 3,8%. Nesta cidade, o preço por metro quadrado situou-se nos 3,85 euros/m2. A completar o top3 está Lisboa, onde as rendas caíram 3,2%, mas este continua a ser o concelho que apresenta as rendas mais altas do país. A Amadora foi o único dos 25 concelhos com mais de 100 mil habitantes onde as rendas medianas não subiram nem desceram, ficando nos 8,85 euros/m2. Qual a evolução do número de novos contratos de arrendamento? O número de novos contratos de arrendamento subiu quase 50% a nível nacional. Mas onde é que houve maior evolução nos 25 concelhos com 100 mil habitantes? Houve 12 em que os números de contratos subiram mais do que a média nacional. E é mesmo o Porto que está no topo da tabela, já que neste período o número de contratos selados mais que duplicou (+115,9%), totalizando 1.019. E Lisboa está em segundo lugar registando uma evolução de 87,7% no número de documentos, que perfizeram 2.157. Foi em Santa Maria da Feria, Aveiro, onde foi registada a menor evolução. Neste concelho, o número de novos contratos de arrendamento subiu 19,3% para os 192. Leiria registou o segundo menor aumento (26,7%) selando 346 contratos. Fonte: Idealista - https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2021/09/30/49103-arrendar-casa-em-portugal-os-10-municipios-mais-caros-e-mais-baratos#xts=582068&xtor=EPR-1059-%5Bnews_daily_20210930%5D-20210930-%5Bm-01-titular-node_49103%5D-62027037011@3-%5B20210930090345%5D Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado