COVID-19: Imobiliário de luxo do Algarve incólume à pandemia

Imobiliário de luxo do Algarve está incólume aos efeitos da pandemia. Promotores dos principais projetos mantêm prazos e objetivos. Preços continuam estáveis e há até um aumento na procura.
09 set 2020 min de leitura

O mercado Imobiliário de luxo do Algarve tem estado incólume aos efeitos da pandemia global da COVID-19. Que o diga Miguel Palmeiro, diretor comercial do grupo Grupo Vilamoura World, trabalha desde 2018 no lançamento dos empreendimentos Central e Uptown. "Quando veio a pandemia, percebemos de imediato de tínhamos de nos adaptar muito rapidamente", reforçando os meios digitais de prospecção de mercado e apoio aos clientes já existentes.

"Em abril, fizemos o lançamento virtual da casa modelo do Uptown num evento conjunto com a Câmara de Comércio Luso Britânica" que resultou em vendas.

"A construção também não parou e não alterámos os nossos objetivos. O imobiliário não é um negócio de consumo imediato, mas de longo prazo. Por isso temos de entender e acompanhar as tendências de mercado para termos um maior grau de certeza sobre os vários cenários possíveis. Mas mesmo ao longo deste período mais crítico não tivemos nenhum cancelamento, nem desistência, pelo contrário, tem havido entusiasmo. Havia uma expetativa em relação ao mercado em relação aos preços que acabaram por estabilizar", conta ao barlavento.

 
Detalhe da casa modelo de Vilamoura Central.

Desafiado a fazer um ponto de situação, Palmeiro explica que «estamos a terminar a primeira fase do Central, com 41 moradias geminadas de 2, 3 e 4 quartos, quase concluídas. As primeiras foram entregues em outubro. Cerca de 61 por cento desta fase está vendido».

Neste projeto, "o cliente é um pouco heterogéneo. Temos alguns fenómenos que marcam o lançamento, como a retoma do imobiliário num ambiente de Brexit ao mesmo tempo. Continuamos a ter a fidelidade dos clientes portugueses que são 30 por cento da totalidade das nacionalidades. O resto é muito diversificado, desde pessoas do Canadá, Rússia, Arábia Saudita, sem que nenhuma se sobressaia", informa.

Central é um produto premium, desenvolvido para ser um condomínio de luxo, "embora com preços bastante acessíveis, quando comparado com outras zonas. O preço médio é 4.300 euros por m²".

 
Marina de Vilamoura.

Por outro lado, no Uptown, as primeiras entregas foram em dezembro e janeiro.

"É um produto diferente. Localiza-se na entrada norte de Vilamoura, que é uma zona de expansão. É um projeto com três valências: residencial, turística e comercial. Isso leva a que haja uma sensação de bairro, mais orientado à vida em família, num destino ligado ao golfe e à natureza. Totaliza 134 unidades. Lançamos 31 unidades, entre apartamentos e vilas" que estão a atrair sobretudo portugueses e britânicos.

 
A proximidade ao golfe continua a ser um grande argumento de venda no Algarve.

No outro lado do Algarve, a Kronos Homes, marca que detém dois empreendimentos em Silves e Lagos, também está de boa saúde.

Segundo Alda Filipe, Sales & Marketing Director, "aproveitámos este momento de pausa forçada para nos debruçarmos sobre o modelo de negócio. Prepararmos o regresso com base na necessidade de reinvenção e readaptação. No caso do Amendoeira Golf Resort, reforçámos os serviços para o conforto do cliente. Adaptámo-nos rapidamente a todas as medidas anunciadas pelas autoridades de saúde. Tínhamos já previstas obras de remodelação no clubhouse e no sports bar, que concluímos no final de julho. No caso do Palmares Ocean Living & Golf, o nosso emblemático projeto em Lagos, todos os planos de desenvolvimento em curso e previstos para 2020 mantiveram-se inalterados", explica.

Com assinatura da RCR Arquitectes, vencedores do prémio Pritzker, o novo clubhouse de Palmares será inaugurado no outono.

Entretanto, "iniciámos a construção da primeira de oito luxuosas moradias chave-na-mão e também já estamos a construir os Signature Apartments, unidades exclusivas com vista mar".

 
Palmares, em Lagos, propõe um projeto de arquitetura diferenciador.

masterplan de Palmares prevê que ao Boutique Hotel, às moradias existentes e ao campo de golfe de 27 buracos, já em operação, se juntem um total de 460 unidades, das quais 103 são moradias exclusivas e 357 apartamentos.

Com uma densidade de construção de apenas 5,7 por cento dos cerca de 200 hectares que compõem o resort, haverá ainda um hotel de marca internacional com 172 quartos, infraestruturas desportivas e de lazer.

"Neste momento, o mercado exibe uma redução de atividade, mas isso não se reflete numa descida nos preços, muito menos em projetos de grande qualidade. O mercado imobiliário português tem sido imune à pandemia no que respeita aos preços médios de venda, mostrando sinais de grande estabilidade, com tendência para subir", conclui Alda Filipe.

 
A baixa densidade de construção é a grande aposta do empreendimento Palmares.

Outro projeto em curso é o muito aguardado Ombria Resort, em Loulé, do finlandês Grupo Pontos.

Segundo Sabrina Pessanha, PR & Events Manager, não há qualquer corte no investimento previsto (cerca de 300 milhões de euros até 2030).

"A construção mantém-se nos prazos previstos e as obras estão a decorrer a um ritmo normal. O que está atualmente em construção, que inclui as Viceroy Residences, 65 apartamentos turísticos para venda, o hotel de 5 estrelas Viceroy at Ombria Resort, o Centro de Conferências, o campo de golfe de 18 buracos e todas as estruturas de apoio, como restaurantes, spa e piscinas, estará pronto no início de 2022, como previsto", garante.

E porque se trata de um projeto em pleno barrocal algarvio, numa zona de densidade populacional muito reduzida, o contexto pandémico pode até ser uma mais-valia.

"Estão já a surgir novas tendências e paradigmas no imobiliário residencial e turístico sobre onde investir e viver. Os tempos de confinamento colocaram em evidência o aumento da procura por casas com áreas exteriores e interiores maiores, com fácil acesso a amplos espaços verdes e ar puro. Para muitas pessoas, a proximidade e relação com a natureza, a segurança física e sanitária tornam-se cada vez mais fatores-chave da decisão de investimento imobiliário. Por isso, sim, no Ombria Resort, sentimos um aumento do interesse nos nossos imóveis por parte de potenciais compradores", diz.

 

"Iniciámos as vendas das 65 Viceroy Residences (os apartamentos que estão integrados no hotel de 5 estrelas) em dezembro 2019. Até ao final de fevereiro, vendemos cerca de 20 por cento das unidades. Decidimos aumentar os preços em cerca de 5 por cento a partir do início de março. Os preços continuarão a aumentar à medida que a construção e as vendas forem evoluindo", prevê.

"O produto que estamos a comercializar, as Viceroy Residences, apartamentos e moradias de luxo com valores entre os 368 mil e os 4 milhões de euros, não é afetado por esta ou qualquer outra pandemia", garante.

Além disso, o proprietário do Ombria Resort vai ainda investir cerca de 30 milhões na construção das Villas Alcedo, 12 moradias isoladas de luxo. Localizadas num terreno contíguo ao do hotel, serão construídas em lotes individuais de 1.700 a 3.300 m². Podem ter entre 3 a 7 quartos, piscinas aquecidas, elevador, açoteia, garagem para três carros e jardins.

 
Aspeto da sala das Viceroy Residences no Ombria Resort.

"Contamos também avançar com a construção de um outro aglomerado residencial, o Oriole Village. São 83 apartamentos, moradias em banda e moradias geminadas ou isoladas sem restrições de utilização obrigatórias. Os imóveis variam de 1 a 4 quartos, com áreas interiores entre 80 e 300 m²", remata.

Por fim, o também W Algarve Residences, na Galé, Albufeira, empreendimento promovido pela Nozul Algarve SA, está "dentro do calendário previsto para inaugurar no início de 2021. Estamos com cerca de 70 por cento do custo total do projeto quase concluído, com todo mobiliário, equipamento e decoração atribuído e estamos a começar as atividades de pré-abertura do resort", informa Karin van den Hemel, diretora de vendas.

"Reforçamos a presença nas redes sociais e organizámos um webinar que teve mais de 100 participantes. A estratégia resultou e em julho vendemos 90 por cento da segunda fase. Penso que é um tempo oportuno para introduzir as residências W Algarve no mercado, até porque fomos reconhecidos pela Forbes com um dos mais importantes estreias de 2020 na hotelaria de luxo".

 
O empreendimento W Algarve Residences, na Galé, Albufeira, tem tido grande aceitação no mercado.

O projeto prevê a construção do Hotel W Algarve e 83 apartamentos entre 1 a 3 quartos, e também uma penthouse de 4 quartos. Alguns têm piscina privada. Os residentes podem desfrutar de refeições servidas nos apartamentos, descontos nas instalações do hotel, serviço de quartos e lavandaria, e preços preferenciais nos hotéis do grupo Marriott. Os preços começam nos 555 mil euros. A fase 2 acaba de esgotar e o grupo avança agora com a oferta prevista para a terceira fase do empreendimento.






Fonte: site Barlavento - https://www.barlavento.pt/destaque/covid-19-imobiliario-de-luxo-do-algarve-incolume-a-pandemia

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