Era dourada do imobiliário chegou à SILVIP, uma sociedade que gere 550 milhões

Quarteirão da Praça de São Paulo, em Lisboa, vai ter um hotel de cinco estrelas / SILVIP
28 nov 2018 min de leitura

SILVIP – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, durante anos concentrada na gestão do Fundo VIP, deu um salto para a diversificação e antecipa agora fechar o ano perto dos 550 milhões de euros de ativos sob gestão. Para este “bolo” muito contribuem os 10 novos projetos que a companhia se encontra a lançar no mercado nacional: vai haver mais oferta residencial, novos hotéis, conceitos inovadores e até um Chef de topo internacional, tal como revela o administrador Luís Carita ao idealista/news.

Diversificação fez ganhar milhões

Até há bem pouco tempo, a SILVIP centrava-se num único fundo aberto de distribuição aos balcões da rede comercial do Montepio, o Fundo VIP. Trata-se de um fundo histórico com 30 anos de atividade que esteve sempre no primeiro quartil de rentabilidades.

Desde 2014, a empresa entrou num processo de diversificação estratégicaabarcando dois novos segmentos: um dedicado à gestão de mandatos de investidores institucionais cujo corolário máximo acabou por ser a gestão do Fundo Sete Colinas, que é o maior fundo de reabilitação urbana em Lisboa; e um dedicado à gestão de fundos particulares de 'familly offices'. Esta nova aposta conduziu a um “aumento significativo dos nossos mandatos e dos ativos sob gestão”, explica o administrador Luís Carita ao idealista/news.

No seguimento deste aumento, diz, “passámos de cerca de 300 milhões de euros e um único mandato, em 2014, para dois mandatos e 397 milhões de euros, em 2016, prevendo fechar o exercício de 2018, com sete mandatos e próximo dos 550 milhões de euros de ativos sob gestão”.

E quais são os ativos que vieram rechear a carteira da SILVIP e que fizeram aumentar os seus milhões? A parte mais significativa provém do portfólio do Fundo Sete Colinas que se distribui por três tipos de projetos: residenciais, hoteleiros e, pela sua dimensão e multidisciplinariedade, os especiais (Projeto Portugália traz “Mundo Português” à Almirante Reis).

Comercialização inicia em 2019

Ao nível dos residenciais a atual estratégia do investidor, devido à mora do licenciamento, passou por “reduzir a sua exposição total”, ou seja, “passou a adotar para os projetos menos significativos a sua colocação no mercado após o a fase de licenciamento arquitetónico”.

Isso está a acontecer com os projetos do Largo Stephen’s (Rua de São Paulo) e Douradores (Rua dos Douradores) os quais encontram-se em “fase final de licenciamento” e, embora sem adiantar nomes, revela ao idealista/news que “já estão a decorrer as negociações com os investidores que vão adquirir esses projetos”.

“De todos os residenciais, o projeto mais significativo acaba por ser o sito na Praça de D. Luís porque se trata da conclusão da renovação de todos os imóveis adjacentes à Praça, prédio para o qual pretendemos arrancar com as obras de reabilitação no final deste ano”, adianta.

Aqui vão ser promovidos “apartamentos de tipologias diversas, não só com o conceito de tipologias mais pequenas mas também premium” e “onde antecipamos uma boa performance comercial, uma vez que a fase de pré-venda de cerca de 1/3 das unidades de tipologias mais pequenas foi excelente”. A comercialização oficial vai ser lançada em janeiro de 2019.

Este edifício conta com uma área comercial que “está toda colocada junto de um grupo conhecido português de restauração, que quer colocar neste espaço um conceito de destino de “fine dining” e com a probabilidade, segundo nos confidenciaram, de ter um Chef de topo internacional”, vai revelando Luís Carita.

Concretizado já está o empreendimento Cais da Rosa que “é um caso de sucesso pois foi todo vendido ainda em fase de construção”. Localizado no Cais do Sodré, é constituído por 10 unidades residenciais distribuídas por tipologias que vão desde o T0 ao T2 e com áreas que variam entre os 64 metros quadrados (m2) e os 117 m2.

Cais da Rosa, no Cais do Sodré (Lisboa), foi todo vendido em fase de construção / SILVIP
Cais da Rosa, no Cais do Sodré (Lisboa), foi todo vendido em fase de construção / SILVIP

Este imóvel foi “procurado quase na totalidade por estrangeiros devido à sua localização bastante atrativa” e, embora considere que possa existir algum interesse dos proprietários em promover o short term rental, acredita que a maioria dos apartamentos é para terem uma residência em Lisboa. Ainda assim, salienta que “tem uma cadeia de restaurantes que ocupa o piso térreo que é de capitais 100% portugueses”.

Novos hotéis apostam no F&B e co-living

Na vertente hoteleira vão entrar no mercado cinco hotéis: o Palacete Almada Carvalhais (Largo do Conde de Barão) vai ser uma unidade de luxo, com cinco estrelas; o quarteirão da Praça de São Paulo vai ser uma unidade de cinco estrelas, o edifício contíguo ao edifício da EDP vai ser também uma unidade de quatro estrelas (Avenida 24 de Julho), embora tenha também uma vertente residencial virada para o Rio Tejo; o projeto Dom Luís Boavista (Cais do Sodré) que tem a particularidade de ter, de um lado, um edifício reabilitado e, do outro, um prédio novo (traseiras da EDP); e um hotel que vai nascer no projeto Portugália (Avenida Almirante Reis).

Edifício contíguo à nova sede da EDP vai ser um hotel de quatro estrelas / SILVIP
Edifício contíguo à nova sede da EDP vai ser um hotel de quatro estrelas / SILVIP

Ao idealista/news antecipa, sem, no entanto, divulgar nomes, que estes projetos estão a atrair um “misto de cadeias, umas internacionais que têm com determinadas entidades management contract, e outras de topo da indústria hoteleira espanhola e que querem fazer a sua expansão para Portugal”.

Tratam-se de marcas que, neste momento, não têm operação no nosso País e com isso “estamos, não só a expandir o leque de operadores no mercado lisboeta, como também a introduzir novos conceitos, como seja, por exemplo, a aposta mais forte na vertente de F&B ou co-living”.




Fonte: site Idealista - https://www.idealista.pt/news/financas/investimentos/2018/11/19/37966-era-dourada-do-imobiliario-chegou-a-silvip-uma-sociedade-que-gere-550-milhoes#xts=410875&xtor=EPR-31-%5Bresumo_20181123%5D-20181123-%5Bm-04-titular-node_37966%5D-27037011@3

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