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Mercado de São Sebastião tem luz verde da Cultura do Norte: reabilitação pronta este ano

DRCN aprovou projeto de reabilitação de mercado na Sé. Além de peixe, novo espaço terá frescos, espaço de comércio, restauração e uma esplanada.
30 jan 2020 min de leitura
António Fonseca não se compromete ainda com datas. Mas depois de uma reunião com engenheiros e arquitectos, na manhã desta quarta-feira, o presidente da junta de freguesia do centro histórico do Porto sabe que a notícia há anos ansiada pode finalmente ser dada: o mercado de São Sebastião vai ser reabilitado e estará pronto para se transformar em cartão-de-visita da Sé e centro histórico ainda este ano. A empreitada, aliás, não deverá demorar mais de dois meses – mas é preciso juntar a isso o tempo do concurso público.

O financiamento para esta reabilitação virá, maioritariamente, do orçamento colaborativo de 2019, para o qual as freguesias tiveram 100 mil euros da Câmara do Porto para destinar a projectos nas suas geografias. Ao mercado dos anos 90 com uma cobertura verde, a junta vai destinar pelo menos 75 mil euros, juntando valências para dinamizar o espaço e transformá-lo naquilo que nunca conseguiu ser: um local de atracção frequentado por turistas e portuenses (a desertificação do centro histórico não ajudou num final feliz para o mercado).


Mantendo a venda de peixe – as vendedoras nem terão de abandonar as suas bancas durante a obra porque a intervenção nesta zona é ligeira -, o projecto inclui uma zona de frescos, uma cafetaria, três casas de banho, uma área de comércio (artesanato, livrarias, alfarrabistas, floristas, etc.) e uma de restauração, com aposta “no que é nosso e típico” e uma esplanada na zona norte.


PÚBLICO -
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Outras valências terão agora de ser pensadas para, por exemplo, cumprir as normas de acessibilidade. E aproveitando a oportunidade, o saneamento e iluminação serão revistos, bem como a sinalética da estrutura.

O projeto havia sido enviado para a Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) em Outubro e precisava de parecer desta entidade, que irá acompanhar toda a intervenção, por estar integrado em zona classificada. A 13 deste mês, a luz verde foi dada e a ideia começou a ganhar velocidade na junta de freguesia.

Com a empreitada, acredita António Fonseca, será possível ainda mitigar problemas de saúde pública e segurança, já que há muito as redondezas do mercado, que é propriedade do município mas tem gestão da junta de freguesia, se transformaram em zona onde é feito consumo de substâncias ilícitas.

 

Apesar de aquela zona ser destino turístico por excelência, com visitantes e turistas a passar a (polémica) Avenida da Ponte em direcção à Sé Catedral. O mercado feito em socalcos é muitas vezes fotografado, mas raramente visitado. Agora, acredita António Fonseca, que há mais de cinco anos já falava na urgência deste projecto, o “desperdício do espaço” pode estar perto do fim.

Biblioteca das coisas em obras


O mercado de São Sebastião foi uma das duas apostas do executivo do centro histórico para o Orçamento Colaborativo de 2019, envolto em alguma polémica por haver juntas a serem simultaneamente proponentes de projectos e júri dos mesmos. No centro histórico, as ideias foram dadas pela junta – reabilitação do mercado e construção da “biblioteca das coisas” -, mas o júri foi independente e composto pelo historiador Helder Pacheco, o ex-vice-presidente da Câmara e ex-vereador do Urbanismo, Paulo Morais, e o provedor da Santa Casa da Misericórdia, António Tavares.





Fonte: site Público - https://www.publico.pt/2020/01/22/local/noticia/mercado-sao-sebastiao-luz-verde-cultura-norte-reabilitacao-pronta-ano-1901357

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