Que casas são mais procuradas em Portugal na sequência da pandemia

Uma das ideias mais repetidas a propósito da pandemia da COVID-19 é que aquilo que no início da crise era visto como uma “necessidade” tornou-se agora no “padrão”. O mercado imobiliário não fugiu à regra e os dados mais recentes confirmam-no.
20 jul 2021 min de leitura

As tendências do novo normal no mercado imobiliário


Antes de mais, a casa foi, por força das circunstâncias, o lugar onde tivemos que passar mais tempo durante o último ano. O Grande Confinamento obrigou-nos a ficar em casa. Para além da obrigação, também o dever cívico de recolhimento, bem como as mais variadas restrições e limitações às atividades normais fizeram com que passássemos mais tempo em casa. Tivemos que nos adaptar e, nesse processo, o espaço foi reinventado e reimaginado, passando a ser vivido de forma claramente diferente. 
 

Um dos casos mais paradigmáticos da nova vivência da casa foi motivado pelo teletrabalho. Quer por obrigação legal, quer por política de empresa face à situação vivida, a prática do teletrabalho foi normalizada. 
 

De fato, a pandemia trouxe novas necessidades que se foram cristalizando ao longo deste ano, passando a ser preferenciais. Por exemplo, atualmente procuram-se casas com espaço exterior, proximidade de transporte ou acesso às principais redes rodoviárias e, inevitavelmente, com espaço para trabalhar – home office. Quem é que em Fevereiro de 2020 acharia que o teletrabalho seria uma realidade tão marcante nas nossas vidas? 
 

Ao mesmo tempo, do ponto de vista geográfico, as zonas limítrofes das grandes cidades ganharam um novo protagonismo. Olhemos para algumas tendências sobre o mercado imobiliário, segundo os especialistas no setor. 
 

11 dados sobre imóveis em tempo de COVID-19


1. Mais interesse por casas de construção recente;
2. Interesse redobrado por casas com espaços exteriores;
3. Maior procura por moradias do que o normal. Apesar da pesquisa por apartamentos ter mais volume, em certos mercados houve um aumento de 60% na procura por imóveis com a tipologia de moradia;
4. Verificou-se um crescente interesse em habitações fora dos perímetros urbano, sobretudo por quem está em teletrabalho;
5. Valorização de espaços anteriormente menos valorizados, como cozinhas modernas e funcionais;
6. Interesse particular em tipologias e áreas que possibilitem o teletrabalho;
7. Preocupação com a adaptabilidade da casa à nova realidade: mais flexível e com espaços que conciliem habitação com atividade escolar e profissional;
8. Imóveis com mais áreas;
9. Apartamentos com varandas ou terraços privativos;
10. Moradias com jardim e/ou piscina e terra para cultivo de horta;
11. Soluções sustentáveis (Por exemplo: painéis solares fotovoltaicos).


Em resumo, o momento vivido teve consequências na forma como as pessoas vivem e imaginam viver nos próximos tempos. Assim, a procura por casas passou a ser diferente do normal, quer a nível de localização quer de tipologia. Por exemplo, zonas afastadas dos centros das grandes cidades, como espaços rurais ou costeiros, passaram a ser privilegiados.
 

O Algarve é uma região que reúne muitas das características procuradas, embora o segmento de luxo tenha sido aquele que verdadeiramente cresceu neste período de pandemia. Mas não é de praia e sol que vamos falar, mas sim de cozinhas. O espaço da cozinha foi revitalizado pelo Grande Confinamento, tendo ganho uma nova importância para as famílias. Com o confinamento, as cozinhas modernas e funcionais passaram a estar no topo da lista das características preferenciais dos clientes no mercado imobiliário na altura de escolher casa.
 

Apesar da crise generalizada provocada pela pandemia da COVID-19, o mercado imobiliário manteve-se vivo. Se é verdade que, devido à queda abruta do setor do turismo, os alojamentos anteriormente alocados a Alojamento Local passaram a estar disponíveis para arrendamento tradicional, os preços não baixaram significativamente durante o ano transato. Segundo noticia o ECO, “2020 acabou mesmo por ser o terceiro melhor ano de sempre, com 2.790 milhões de euros alcançados em investimento” no imobiliário. Segundo a mesma notícia, em 2021 já se tinham somado cerca de 1.350 milhões de euros em operações no setor. Significa isto que os imóveis continuaram a ser muito procurados, tendo apenas mudado o tipo de casa em que se quer viver a partir de agora.





Fonte: site Postal - https://postal.pt/economia/2021-06-30-Que-casas-sao-mais-procuradas-em-Portugal-na-sequencia-da-pandemia-e627a270

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