Rendas mais caras que prestação da casa: subiram 268 euros desde 2012

03 jun 2019 min de leitura

Arrendar casa em Portugal está difícil e cada vez mais caro. Desde a entrada em vigor do Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU), em 2012 o valor médio das rendas subiu 268 euros. Isto tem ajudado a que mais portugueses voltem às compras, numa altura em que  a oferta de arrendamento caiu para metade, e o crédito à habitação está mais barato.

Comprar ou arrendar casa continua a ser um dilema sem vim à vista. Ainda assim, o cenário parece mais favorável a quem decide comprar. O esforço financeiro para adquirir casa própria desceu 27%, segundo os dados da Confidencial Imobiliário, citados pelo Dinheiro Vivo.

Portugal enfrenta agora aquilo que o Governo apelida de “crise habitacional”, e que terá sido impulsionada pelas medidas do NRAU. A secretaria de Estado da Habitação (SEH), segundo a mesma publicação, diz que a reforma provocou “um desequilíbrio entre os direitos dos arrendatários e dos senhorios”.

Portugueses voltam a comprar

A falta de casas para arrendar a preços acessíveis levou os portugueses a olhar para a possibilidade de compra como única escapatória possível. Os dados do Banco de Portugal (BdP) vêm confirmar essa tendência: em 2012, em plena crise, os bancos emprestaram 1935 milhões para a compra de habitação, já no ano passado concederam 9835 milhões, no total, o que traduz um aumento de 400%.

Em sete anos, e ao contrário do arrendamento, a prestação mensal baixou 190 euros. Segundo as contas da Deco, e com base no valor da Euribor a seis meses em março de 2012 e no spread médio na altura, uma família pagaria uma prestação mensal de 706,29 por mês ao banco por um imóvel de 141 mil euros. Atualmente, uma família irá pagar 516,31 por uma casa de 158.931 euros.

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